Você sabe o que é cardiomiopatia? Essa doença atinge o músculo cardíaco, provocando alterações na função do coração. Logo, o problema é grave e pode levar à insuficiência cardíaca.
Nesse sentido, se você deseja fazer uma graduação na área da saúde e se aprofundar nesse assunto, saiba que é fundamental entender como a doença funciona.
Quer saber mais sobre o tema? Então acompanhe a leitura e descubra o que é cardiomiopatia!
O que é cardiomiopatia?
A cardiomiopatia é uma condição médica caracterizada por uma série de doenças que afetam o músculo cardíaco, resultando em alterações na sua estrutura e função. Essas alterações comprometem a capacidade do coração de bombear sangue de forma eficiente para o resto do corpo.
Quais são os tipos de cardiomiopatia?
De modo geral, existem três tipos de cardiomiopatias, que variam de acordo com o tipo de alteração na estrutura do coração. Veja quais são eles abaixo!
Cardiomiopatia hipertrófica
A cardiomiopatia hipertrófica é caracterizada pelo espessamento das paredes das câmaras inferiores do coração, conhecidas como ventrículos. Essa espessura extra das paredes dificulta o enchimento adequado das câmaras cardíacas com sangue, o que resulta em uma redução na capacidade do coração de bombear sangue de forma eficaz para o resto do corpo.
Geralmente, essa condição tem origem hereditária ou pode ocorrer devido a mutações genéticas espontâneas. Os primeiros sinais e sintomas podem se manifestar durante o esforço físico e incluem falta de ar, dor no peito (angina), fadiga, palpitações e desmaios.
É importante destacar que a cardiomiopatia hipertrófica pode causar morte súbita, especialmente em casos não diagnosticados em crianças e jovens, sendo a principal causa desse tipo de óbito em atletas.
Cardiomiopatia dilatada
A cardiomiopatia dilatada é caracterizada pelo aumento do tamanho das câmaras cardíacas, especialmente dos ventrículos, o que leva a uma redução na capacidade do coração de bombear sangue adequadamente para o corpo.
Essa condição pode resultar em insuficiência cardíaca e pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo predisposição genética, uso de drogas ilícitas, medicamentos quimioterápicos, infecções, doenças autoimunes, distúrbios metabólicos e gravidez.
Os sinais e sintomas incluem falta de ar, fadiga, problemas nas válvulas cardíacas, palpitações, formação de coágulos sanguíneos e inchaço nas pernas, pés e abdômen.
Cardiomiopatia restritiva
A cardiomiopatia restritiva é caracterizada pela rigidez dos ventrículos do coração, o que dificulta a sua capacidade de se contrair e relaxar adequadamente para bombear o sangue. Nessa condição, as câmaras superiores do coração, os átrios, geralmente são menores que as câmaras inferiores, os ventrículos.
As causas podem incluir acúmulo de ferro no músculo cardíaco, amiloidose (deposição de proteínas anormais), formação de tecido cicatricial em resposta à inflamação ou radioterapia e sarcoidose (doença autoimune que causa fibrose em tecidos).
Os sintomas podem incluir inchaço nas pernas e abdômen, falta de ar durante o esforço físico, cansaço e palpitações.
Quais são as causas da cardiomiopatia?
As causas da cardiomiopatia não são totalmente conhecidas. No entanto, existem alguns fatores que contribuem para o surgimento do problema.
Eles são:
- alta pressão arterial por longos períodos: a hipertensão arterial crônica pode sobrecarregar o coração, levando ao desenvolvimento de cardiomiopatia devido ao aumento da pressão nas paredes das câmaras cardíacas;
- danos no coração decorrentes de um infarto: um infarto agudo do miocárdio (ataque cardíaco) pode causar danos ao músculo cardíaco, comprometendo a sua capacidade de funcionar adequadamente e potencialmente levando ao desenvolvimento de cardiomiopatia;
- alta frequência cardíaca crônica: condições que causam um ritmo cardíaco acelerado por longos períodos podem contribuir para o desgaste do músculo cardíaco, predispondo à cardiomiopatia;
- obesidade: o excesso de peso pode sobrecarregar o coração, aumentando a demanda de trabalho do músculo cardíaco e contribuindo para o desenvolvimento de cardiomiopatia;
- doenças da tireoide: desordens da tireoide, como hipertireoidismo ou hipotireoidismo, podem afetar negativamente o coração e contribuir para o desenvolvimento de cardiomiopatia;
- fatores genéticos: certas formas de cardiomiopatia, como a cardiomiopatia hipertrófica e a cardiomiopatia dilatada, têm uma base genética, sendo transmitidas de geração em geração dentro de uma família.
Quais são os sintomas da doença?
Os sintomas da cardiomiopatia podem variar dependendo do tipo específico da doença e da sua gravidade. Veja a seguir:
- fadiga: a fadiga é um sintoma comum da cardiomiopatia, pois o enfraquecimento do músculo cardíaco pode levar a uma diminuição na capacidade do coração de bombear sangue de forma eficaz para todo o corpo;
- dificuldade de respirar: a dispneia, ou dificuldade respiratória, é outro sintoma frequente da cardiomiopatia. À medida que o coração enfraquece, ele pode não conseguir bombear sangue adequadamente para os pulmões para ser oxigenado, o que pode levar à sensação de falta de ar, especialmente durante o esforço físico;
- inchaço nas pernas ou abdômen: a acumulação de líquido devido ao mau funcionamento do coração pode resultar em inchaço nas extremidades inferiores, como pernas e tornozelos, ou mesmo no abdômen. Esse inchaço é conhecido como edema e pode ser um sinal de insuficiência cardíaca.
Quais são os tratamentos da cardiomiopatia?
Os tratamentos para cardiomiopatia variam de acordo com o tipo, a causa e a gravidade da doença, bem como o histórico clínico do paciente. Embora não haja uma cura definitiva para o problema, existem abordagens terapêuticas que visam controlar os sintomas, retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida.
Confira algumas opções!
Dispositivos marca-passo
Em alguns casos, principalmente em pessoas com ritmo cardíaco anormal e alto risco de morte súbita, podem ser necessários dispositivos marca-passo. Eles estimulam as câmaras do coração e ajudam a restabelecer o padrão das contrações cardíacas.
Alguns dispositivos também incluem um desfibrilador implantável, que pode monitorar e corrigir arritmias perigosas.
Transplante cardíaco
Em casos graves de insuficiência cardíaca com mau prognóstico, o transplante cardíaco pode ser considerado como a única forma de tratamento definitivo. Isso envolve a substituição do coração doente por um coração saudável de um doador compatível.
Uso de medicamentos
Medicamentos podem ser prescritos para diferentes finalidades, como retroceder ou atenuar a causa principal da cardiomiopatia ou para tratar a insuficiência cardíaca provocada pela doença.
Agora é com você!
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Formada em Ciências Biológicas (Licenciatura) pela UFMG. Tenho experiência em redação de textos desde 2018, e escrevo sobre diversos temas, como Educação, Saúde e Bem-Estar e Gastronomia. Quando não estou trabalhando, gosto de ouvir música, ler livros policiais, cozinhar receitas vegetarianas e assistir séries de suspense.