A forma como a ciência entende o ser humano e sua saúde mudou bastante ao longo dos anos. Um dos seus principais avanços foi o entendimento de que a parte biológica não é a única relevante para o bem-estar de um indivíduo, que certos sintomas e doenças podem surgir devido a uma vida psicológica pouco sadia. Porém, isso não significa que o corpo não seja um fator importante também.
É dentro desse dilema que está a Psicofarmacologia, um segmento cada vez mais importante dentro da psicologia e neurologia. Se você pretende se formar na área da saúde, como psicologia, medicina ou psiquiatria, então é bem provável que tenha contato com esse segmento. Ou então pode decidir que esse é o caminho profissional que você deseja trilhar.
Naturalmente, o melhor ponto de partida é entender mais sobre essa função. Acompanhe e entenda melhor o que é Psicofarmacologia, como ela funciona e um pouco sobre os preconceitos ao redor da área.
O que é Psicofarmacologia?
A Psicofarmacologia é a área de estudos que se dedica aos psicotrópicos, medicamentos que afetam o funcionamento do sistema nervoso central com o intuito de tratar sintomas neurológicos. É um campo que envolve a participação de várias áreas de conhecimento, incluindo psicologia, farmacêutica, neurologia, psiquiatria e medicina geral.
O psicólogo, enquanto profissional, não tem autorização para prescrever qualquer medicamento. Porém, ele ainda pode indicar que um paciente busque um psiquiatra e avalie a necessidade de medicamentos. Por isso, é importante para todo psicólogo ter algum conhecimento em Psicofarmacologia, independentemente de sua abordagem.
Como é o trabalho do profissional de Psicofarmacologia?
Depois de entender o que é Psicofarmacologia, você já deve ter alguma ideia de como esse campo funciona. Lembrando que vários profissionais estão envolvidos no processo como um todo, que inclui desde o desenvolvimento da medicação até sua aplicação em pacientes com diferentes transtornos.
Veja aqui alguns exemplos de como é a atuação nessa área.
Avaliação dos pacientes
O primeiro passo para a realização de tratamento com psicotrópicos é uma avaliação aprofundada do paciente e de sua condição. Na maioria dos casos, essas observações partem de um psicólogo, o qual avalia o comportamento e relatos do seu paciente e determina quando é mais provável que o medicamento seja necessário.
O paciente é, então, encaminhado para um psiquiatra e um neurologista, os quais realizam diversos exames físicos e psicológicos para entender melhor o quadro do paciente. Por exemplo, se há um desequilíbrio hormonal que afeta seu bem-estar e autonomia.
Consideração de fatores externos
Como mencionamos antes, é importante lembrar que o ser humano não é apenas um conjunto de sistemas e órgãos, mas sim uma pessoa com uma vida complexa. Sendo assim, é necessário considerar outros fatores que possam causar os sintomas identificados. Isso inclui o estresse do dia a dia, eventos de grande impacto em sua vida, exposição prolongada a substâncias tóxicas, entre outros possíveis elementos.
Indicação de medicamentos psicotrópicos
Se após todos os exames e avaliações os especialistas concordam que o paciente precisa receber o tratamento com medicamentos, então ele recebe uma receita. Cada psicotrópico, assim como sua dosagem, tem uma finalidade específica para equilibrar o corpo e diminuir os sintomas, sendo importante que o paciente siga as instruções à risca. O efeito de consumir psicotrópicos incorretamente pode ser bem grave para a saúde.
Acompanhamento de casos
O efeito desses medicamentos sobre o corpo de cada paciente pode variar bastante de uma pessoa para outra, pois interagem com vários outros fatores biológicos e alguns de seus hábitos no dia a dia. Os exames também ajudam a identificar esses efeitos, mas é quase impossível alcançar a dosagem perfeita imediatamente. Por esse motivo, a equipe deve continuar monitorando o paciente ao longo do tempo e fazendo os ajustes necessários em seu tratamento.
Desenvolvimento de novos psicotrópicos
Naturalmente, também há profissionais na área de Psicofarmacologia que lidam com pesquisa científica e com o desenvolvimento de novos medicamentos. Nesses casos, eles avaliam as substâncias usadas e seus possíveis efeitos no corpo por meio de pequenos testes.
Por que há tanto preconceito contra os medicamentos psicotrópicos?
Apesar de ser um campo bem mais esclarecido, ainda há muitas dúvidas e desinformação sobre esse campo na população geral. Além de muitos não entenderem o que é Psicofarmacologia, também têm uma associação incorreta com a psiquiatria.
É verdade que pacientes psiquiátricos com quadros mais graves, muitos dos quais precisam ser internados, também utilizam medicamentos psicotrópicos em seus tratamentos. Porém, a grande maioria dos pacientes que usam esse tipo de medicamento são pessoas bem ajustadas ao convívio social. É apenas mais um tipo de tratamento para melhorar sua qualidade de vida.
Qual é o papel da Anhanguera nessa jornada?
Se você está buscando um caminho para seus estudos na área da saúde, entender o que é Psicofarmacologia pode ajudar a tomar a melhor decisão. Independentemente da sua escolha, a Anhanguera está aqui para oferecer a assistência que você precisa.
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Redator por vocação. A experiência em contar histórias também é um diferencial e uma forma de enriquecer toda a trajetória na escrita. Para isso, tudo contribui: meu gosto por leitura, games e conversas, principalmente. Com formação em Psicologia, tenho muita experiência em escrever sobre temas relacionados à saúde e bem estar.