Conheça a História da Psicologia, desde o início até os tempos atuais!

A psicologia é uma área de estudos que gera bastante fascínio e curiosidade. Afinal, seu objeto de estudo é o próprio indivíduo e sua mente. Ao mesmo tempo, é um dos campos mais repletos de dúvidas e impressões erradas, o que também leva à aplicação incorreta de alguns de seus princípios. Basta observar a História da Psicologia para notar como esse campo é mais amplo do que muitos acreditam.

Se você está pensando em cursar psicologia, então vale a pena conhecer um pouco dessa linha do tempo e como foi o desenvolvimento dessa área ao longo dos anos. Ela não só bebe de várias fontes de conhecimento diferentes como também as aplica de uma forma única em comparação com outros campos de estudo.

Acompanhe e veja um apanhado sobre a História da Psicologia, como ela se desenvolveu e algumas de suas principais vertentes.

Raízes na filosofia

Assim como várias outras ciências e campos de estudo do mundo moderno, a psicologia tem suas raízes no pensamento filosófico. O próprio termo “psicologia” vem do grego, combinando psi, ou “alma”, com logos, que significa “conhecimento”. Ou seja, ela começou como o “estudo da alma”.

Curiosidade: a palavra “psiquê” em grego significa “borboleta”. Por isso, a borboleta também é um símbolo associado à alma e à mente.

Praticamente todas as civilizações tinham sua própria versão desse pensamento, um conjunto de práticas usadas para compreender o ser humano, suas atitudes e seus sentimentos. E as conclusões tiradas a partir dessas reflexões eram uma forte representação da civilização em questão e dos valores que ela carregava.

Os laboratórios de psicologia experimental

A História da Psicologia foi associada apenas à filosofia por vários séculos, sem seguir um rigor científico. Porém, isso começou a mudar em meados do séculos XIX, quando surgiu o primeiro Laboratório de Psicologia Experimental, fundado pelo médico e filósofo alemão Wilhelm Wundt em 1879.

O objetivo de Wundt era estudar a consciência e seus elementos mais básicos. Seu método escolhido aqui foi uma combinação de introspecção e observação. Em seu laboratório, pesquisadores treinados recebiam estímulos visuais e deveriam relatar suas reações emocionais imediatas.

Hoje, muitos dos métodos e conclusões incluídos nas pesquisas de Wundt, assim como de muitos outros psicólogos da época, não carregam o mesmo valor, pois o campo já avançou bastante desde essa época. Ainda assim, esses experimentos serviram como ponto de partida para o crescimento da psicologia enquanto ciência.

Freud e a Psicanálise

Quando falamos na História da Psicologia, há sempre um nome que vem à mente antes de todos os outros: Sigmund Freud, o famoso pai da psicanálise. E, de fato, suas contribuições para a psicologia são de grande valor, estudadas e revisadas até hoje.

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Freud e a Psicanálise revolucionaram a Psicologia. Fonte: Shutterstock.

Freud começou como médico, atuando principalmente como assistente de Josef Breuer na segunda metade do século XIX, também psicólogo e médico alemão. Seu foco inicial foi o tratamento de sintomas psicossomáticos por meio da hipnose, onde o paciente recordava um evento traumático, permitindo a sua ab-reação, que é “reagir até o final”.

Porém, com o tempo, Freud abandonou a hipnose como método de tratamento, dando mais atenção à “cura pela fala”. É a imagem tradicional de um consultório, um divã e histórias de vida. Sua obra central foi O Estudo dos Sonhos, um livro de 1900 em que Freud detalha sua trajetória estudando o inconsciente, assim como sua relação com o Eu e os impulsos.

Behaviorismo e a cientificação do pensamento psicológico

Uma das maiores críticas à psicanálise é que ela não segue nem pode seguir um modelo científico. Suas observações só se aplicam a quadros que não podem ser replicados de forma consistente, o que dificulta seus estudos. É nesse contexto que encontramos os Behavioristas, ou seja, aqueles que estudam exclusivamente o comportamento.

Essa vertente se consolidou nas décadas de 1920 e 1930, com nomes como Pavlov e B. F. Skinner. Seus estudos partiam do pressuposto que a mente é uma caixa preta, impossível de observar e, portanto, impossível de compreender cientificamente. Por isso, seus estudos focam na relação entre estímulo e resposta, seguindo a linha de pensamento dos Laboratórios de Psicologia Experimental.

Gestalt terapia como alternativa à psicanálise

Outra crítica à psicanálise que surgiu posteriormente foi o foco no passado como principal ponto de observação para os tratamentos. Toda a doença ou transtorno poderia ser associado a algum evento ou a uma parte do desenvolvimento, principalmente na infância.

A gestalt terapia aqui se mostra como uma alternativa a essa forma de pensamento, a qual tem bastante força ainda hoje. Em vez de explorar o passado e o inconsciente, essa abordagem foca no imediato e no consciente.

Essa é uma abordagem que enfatiza principalmente a forma como o indivíduo percebe o mundo e as formas como essa percepção muda. Essa postura mais direta pode ser bem efetiva com alguns perfis de pacientes.

Psicologia Cognitiva

A Terapia Cognitivo-Comportamental, ou TCC, é uma das vertentes clínicas mais conhecidas hoje. Como o nome diz, ela se ocupa em avaliar os processos e estruturas mentais por trás do comportamento e como estes podem ser modificados.

Ela se baseia em um modelo da mente que combina estudos do behaviorismo e da cognição. Partindo do princípio de que pensamento, crenças e comportamento se influenciam mutuamente, uma mudança em qualquer um desses pilares afeta os demais. E como o comportamento é o mais fácil de mudar, é nele que essa terapia foca.

A psicologia no mundo atual

Os avanços da psicologia se deram a passos largos, tanto em sua profundidade quanto diversidade. A combinação com áreas como a neurologia e sociologia levou à consolidação de outras perspectivas teóricas, sendo que apenas uma parte delas tem a ver com a clínica.

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A Psicologia continua desempenhando um papel crucial no mundo atual. Fonte: Shutterstock.

Outro fenômeno relativamente novo é o diálogo entre essas várias vertentes. No lugar de se restringir a apenas uma perspectiva teórica, novos estudantes estão aproveitando melhor a diversidade de conhecimentos disponíveis para se aprofundar em todas as áreas.

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Basta olhar um pouco para a História da Psicologia para notar como ela é ampla. Enquanto ciência, ela tem menos de dois séculos, mas avançou a passos largos, fazendo uso de princípios da medicina, sociologia, cognição, entre outros campos.

Essa variedade de especializações é o que torna a psicologia uma formação tão atraente. E se você quer ter sucesso nessa área, conte com a Anhanguera. Investimentos pesados em infraestrutura e professores preparados para auxiliar em sua jornada!

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