Você já parou para pensar sobre a importância das nossas mãos? Seja para lazer, trabalho ou afazeres domésticos, esses membros são fundamentais desde os primeiros meses de vida de uma pessoa. Contudo, por conta de lesões ou acidentes, a mão pode ficar comprometida e necessitar de cirurgias, por exemplo.
Nesse sentido, você sabe o que faz o cirurgião de mão? Com formação em Medicina, o profissional é responsável por reparar e construir lesões ósseas, nas mãos, punhos e cotovelos. Portanto, se você deseja seguir carreira na área, saiba que é importante conhecer mais sobre o seu dia a dia.
Ficou interessado? Então acompanhe a leitura e descubra o que faz o cirurgião de mão!
O que faz o cirurgião de mão?
O cirurgião de mão é um médico especializado em tratar lesões, doenças e condições que afetam a mão, punho, antebraço e membro superior. Sua área de atuação envolve procedimentos cirúrgicos e não cirúrgicos para restaurar a função, mobilidade e estética dessas áreas.
Confira, abaixo, as principais funções desempenhadas pelo profissional!
Tratamento de fraturas
Os cirurgiões de mão tratam fraturas dos ossos da mão, punho e antebraço. Isso inclui o realinhamento dos ossos, fixação com pinos, placas ou outros dispositivos e a reabilitação pós-operatória para restaurar a função normal.
Nesse caso, principalmente quando se trata de fraturas complexas ou instáveis, o cirurgião usará dispositivos de fixação interna para manter os fragmentos ósseos no lugar durante o processo de cicatrização. Esses dispositivos podem ser de titânio ou outros materiais biocompatíveis.
Após a cirurgia ou tratamento não cirúrgico, a reabilitação é fundamental. Os pacientes são encaminhados a fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais que ajudam a recuperar a amplitude de movimento, a força e a função da mão e do membro superior. Exercícios específicos são prescritos para acelerar a recuperação.
Reparação de lesões dos tecidos moles
Além de ossos, o cirurgião de mão também trata lesões dos tecidos moles, como tendões, ligamentos e músculos. Isso pode envolver reparo cirúrgico de tendões rompidos, reconstrução de ligamentos e reparação de lesões musculares.
O processo começa com uma avaliação minuciosa da lesão, que pode incluir exames de imagem, como radiografias e ressonâncias magnéticas, para avaliar o alcance da lesão nos tecidos moles e verificar se há envolvimento dos ossos.
A ferida é cuidadosamente limpa e irrigada para remover qualquer sujeira, detritos ou corpos estranhos que possam estar presentes, reduzindo o risco de infecção. O cirurgião realiza a reparação dos tecidos moles danificados. Isso pode envolver o reparo de tendões, nervos e vasos sanguíneos, suturando os tecidos com fios cirúrgicos finos.
Em algumas situações, pode ser necessário o uso de enxertos de pele ou retalhos, que envolvem a transferência de tecido saudável de uma área adjacente para cobrir a lesão. Esses procedimentos são frequentemente usados em reconstruções mais extensas.
O cirurgião realiza o fechamento da ferida com suturas, utilizando técnicas específicas para minimizar cicatrizes visíveis. As suturas podem ser absorvíveis ou não absorvíveis, dependendo da localização da ferida e da preferência do cirurgião.
Cirurgia de nervos
Quando ocorrem lesões nos nervos dos membros superiores, o cirurgião de mão é responsável pela reparação nervosa. Isso pode incluir microcirurgia para suturar nervos ou transferir nervos de uma área para outra para restaurar a função.
Nesse procedimento, o cirurgião faz uma incisão cirúrgica no local da lesão para expor o nervo danificado. A incisão é feita com cuidado para evitar causar mais danos aos tecidos circundantes.
Então, o nervo danificado é identificado e cuidadosamente avaliado. O cirurgião verifica a extensão da lesão, determina se há áreas de compressão ou obstrução e observa a presença de fragmentos de nervos ou cicatrizes.
Ele faz reparos, e, em seguida, o nervo é protegido e coberto com tecidos saudáveis ou membranas de proteção para facilitar a cicatrização e evitar aderências aos tecidos circundantes.
Cirurgia de reimplante
Em casos de amputação traumática de dedos ou partes da mão, o cirurgião de mão pode realizar procedimentos de reimplante, tentando restaurar as partes amputadas à mão do paciente.
Nesse caso, a cirurgia é realizada sob anestesia geral para garantir que o paciente não sinta dor durante o procedimento. A parte do corpo amputada é, então, preparada para o reimplante. Isso pode incluir a irrigação cuidadosa dos vasos sanguíneos, nervos e tecidos moles para remover detritos e prevenir infecções.
O cirurgião de mão conecta as artérias e veias da parte do corpo amputada aos vasos da área receptora. Isso restaura o fluxo sanguíneo para a parte amputada, fornecendo oxigênio e nutrientes essenciais. Os nervos da parte do corpo amputada são reconectados aos nervos da área receptora. Isso é crucial para a restauração da sensação e do controle motor.
Após a cirurgia, o paciente é monitorado de perto para garantir a circulação adequada na parte reimplantada. Qualquer sinal de comprometimento da circulação pode exigir intervenção imediata.
Cirurgia para síndrome do túnel do carpo
A síndrome do túnel do carpo é uma condição comum que causa dormência e fraqueza na mão devido à compressão do nervo mediano no punho. O cirurgião de mão pode realizar uma cirurgia minimamente invasiva para liberar o nervo e aliviar os sintomas.
A cirurgia pode ser realizada sob anestesia local com sedação ou anestesia geral. O tipo usado dependerá das preferências do paciente e do cirurgião. Assim, ele faz uma pequena incisão na palma da mão, geralmente na base da palma, perto do punho. Em alguns casos, podem ser feitas incisões menores.
Após a incisão, o cirurgião corta o ligamento transverso do carpo, que é o principal responsável pela compressão do nervo mediano. Isso cria espaço para o nervo e alivia a pressão. Uma vez que o ligamento é cortado, o nervo mediano é identificado e verificado para garantir que não haja outras estruturas ou tecidos que estejam causando compressão.
Após a descompressão do nervo, o cirurgião sutura a incisão. Em alguns casos, pontos absorvíveis são usados para que não seja necessário removê-los posteriormente. Após a cirurgia, o paciente pode ter a mão e o punho imobilizados temporariamente com uma tala para evitar movimentos excessivos que possam prejudicar a cicatrização.
Como se tornar um cirurgião de mão?
Para se tornar um cirurgião de mão, é necessário concluir uma longa jornada de formação e treinamento médico. O primeiro passo é fazer a faculdade de Medicina que dura 6 anos e obter um diploma.
Após a graduação, os médicos interessados em se tornar cirurgiões de mão devem se inscrever em programas de residência médica em cirurgia geral, ortopedia ou cirurgia plástica. Os programas de residência em cirurgia geral ou ortopedia têm uma duração de aproximadamente 5 anos, enquanto os programas de cirurgia plástica duram cerca de 3 anos.
Após a conclusão da residência médica, é necessário realizar um fellowship em cirurgia de mão. Ele consiste em um programa de treinamento pós-residência que se concentra exclusivamente na cirurgia de mão e nas condições relacionadas.
Os programas de fellowship em cirurgia de mão têm duração de 1 a 2 anos e incluem treinamento prático extensivo sob a supervisão de cirurgiões de mão experientes.
Após concluir com êxito o fellowship em cirurgia de mão, o médico pode buscar a certificação pelo Conselho Brasileiro de Cirurgia da Mão (CBCM) ou por outras organizações reconhecidas.
Invista nos estudos!
Agora você já sabe o que faz o cirurgião de mãos e como se tornar um especialista na área. Como vimos, o primeiro passo é fazer o curso de Medicina em uma faculdade reconhecida pelo MEC (Ministério da Educação).
Se você pretende cursar Medicina no estado da Bahia, escolha entre as unidades: na cidade de Eunápolis da Pitágoras ou a de Lauro de Freitas da UNIME.
No estado do Maranhão, você encontra o curso de Medicina referência na região, disponível nas unidades de Bacabal e Codó da Pitágoras.
Você pode escolher entre mais duas opções de referência para o curso de Medicina; a unidade de Cuiabá da UNIC no estado do Mato Grosso, e a unidade de Campo Grande da Uniderp, no Mato Grosso do Sul.
Em todas essas alternativas, os alunos têm acesso a um ensino de excelência, tendo aulas com médicos experientes, com laboratórios de ponta e clínicas-escola para que você aprenda os ensinamentos em sala de aula na prática!
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Formada em Ciências Biológicas (Licenciatura) pela UFMG. Tenho experiência em redação de textos desde 2018, e escrevo sobre diversos temas, como Educação, Saúde e Bem-Estar e Gastronomia. Quando não estou trabalhando, gosto de ouvir música, ler livros policiais, cozinhar receitas vegetarianas e assistir séries de suspense.